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Por um Bosque mais vivo

O que na década de 1940 era o limite oeste da então tímida mancha urbana de Goiânia, cidade que acabara de nascer em pleno coração do Cerrado, o Bosque dos Buritis, criado nos anos 1930 pelo veio preservacionista de Attilio Correia Lima vem sofrendo, ao longo do tempo, as mais variadas agressões. Da redução de sua área original de 142 mil m² para os atuais 124 mil m² à supressão de 90% de sua mata nativa, da construção de prédios públicos em sua área que deveria ser de proteção permanente à poluição de seus lagos e do rio que neles desemboca ao extermínio de sua antes rica e variada fauna, são constantes os absurdos perpetrados contra um dos mais admirados e famosos cartões postais de Goiânia.

Para evitar que o Bosque continue sofrendo agressões de toda ordem, é necessário que os governos, a iniciativa privada e a população em geral, pessoas comuns com algum senso de preservação, coletividade e especialmente aquelas com laços afetivos com aquele espaço se unam e tracem um plano de revitalização e de reordenamento do Bosque dos Buritis.

De minha parte, sugiro que o prédio da atual Assembleia Legislativa seja preservado quando os nobres deputados se mudarem para sua nova casa, ao invés de demolido, como defendem alguns. Proponho que aquele prédio passe a abrigar o Museu de Arte de Goiânia (MAG), hoje instalado num edifício sem o mínimo de infraestrutura para este fim. O atual Palácio Alfredo Nasser também abrigaria um memorial com a história de Goiânia, de seu fundador e dos pioneiros em geral, a fim de se preservar a memória da cidade. Ainda no mesmo prédio poderia ser instalada uma biblioteca e um plenário para que as discussões dos grandes temas da cidade possam ser travadas entre poder público e população.

Assim, além de se aproveitar o prédio da Assembléia Legislativa – até pelo seu valor arquitetônico – e liberar uma considerável área para o replantio de árvores com a remoção do MAG e do seu estacionamento, o Bosque passaria a ter um papel mais participativo na vida da comunidade.

Num segundo momento, realizadas todas essas intervenções, seria a hora de partir para as ações no patrimônio biológico e ambiental do Bosque dos Buritis. Plantio de mais árvores, revitalização das orlas dos lagos, despoluição desses mesmos lagos, calçamento dos caminhos internos, como se tem no Parque Trianon, em São Paulo, iluminação do interior, melhoria do paisagismo e investimento na segurança daquele espaço, para que a população realmente possa usufruir dessa área verde são algumas das ações necessárias e prementes.

Se hoje sinto saudades de quando passei bons momentos em passeios de fim de semana com meus três filhos quando crianças – Rafael, hoje com 23 anos, Gabriela, com 21 e Orlando, com 17 anos – entre brincadeiras e lições de preservacionismo (plantamos algumas árvores juntos, os quatro), quero poder sonhar com o dia em que poderei fazer o mesmo com meus netos, mas num Bosque dos Buritis totalmente diferente do que temos hoje. Sonho com um espaço renovado, preservado, bem cuidado, e verdadeiramente integrado à vida da cidade. Sonho com um Bosque mais vivo.

Por Leonardo Rizzo - Presidente da Rizzo Imobiliária.


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